–ESCRITO NA NOVA ORTOGRAFIA REVOLUCIONÁRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA−
O PT, kuando de sua fundasão, já posuía nesesariamente matizes ke antesipavam as karakterístikas atuais do governo Lula. Fundado por padres vermelhos (ke, apezar de vermelhos, não deixaram de ser padres, e, portanto, totalitários) estudantes universitários e intelektuais pekeno-bugeses de eskerda (ke podiam ser de “eskerda”, mas kontinuavam a pertenser a uma pretensa “elite” kultural arrogante, kom ábitos e ideolojia identifikados à klase dominante) e por sindikalistas, posuía nos seus kuadros a perfeita reseita de bolo do fasismo vermelho ke pouzaria seus pés no Palásio do Planalto em 2003 kom uma kara kada vez mais prósima a de seus konjêneres da direita formal. Entretanto, não fose o Inásio dos Nove Dedos, seu líder maior, um sindikalista pelego treinado na eskola yankee do Iadesil (“Instituto Amerikano de Sindikalismo Livre”, patrosinado pela ajênsia sekreta do imperialismo amerikano, a CIA) e não viveríamos, hoje, no Brazil, a perfeita réplika, modernizada e em rejime formalmente demokrátiko, da polítika sosial, ekonômika e internasional da velha ditadura militar fasista e pró-imperialismo.
Pois komo na istória nada é kazual, o fato é ke, apezar do perfil um tanto autoritário da proposta sosialista de Marx e Lênin, o “sosialismo real” ou fasismo vermelho só se transformou na mais burokrátika, kontroladora e butral opresão da umanidade trabalhadora, sob o pretesto paternalista de sua própria defeza, grasas ao karáter, ao pasado e à formasão do sujeito ke konsolidou-o na antiga União Soviétika, o kamarada Josef Stalin, ke sofistikou seus métodos e refinou sua ideolojia komo ajente provokador infiltrado e espião da polísia sekreta polítika do Kzar (o monarka ruso), ke no grande império não atendia pelo nome de DOPS, Doi-Codi ou CCC, mas por Okhrana.
A koiza está esplikada na revista História Viva (de ke os artigos estranjeiros konstituem a edisão brazileira da franseza História) de marso pasado, kuja matéria sita, entre outros itens de bilbliografia, o livro “Rabotchëie dvjenie i sotsial-demokratia na Kavkzie”, de S. T. Arkhomed (Genebra, 1910!) e o artigo “Stalin i tsarkaia okhranka”, publikado no Sovierchenno Sekretno nº 7, de 1990, por Z. Serebriakova. O ke elimina kualker posibilidade de mera espekulasão sensasionalista ou difamasão direitoza deskabelada, a moda das reportajens publikadas pela brazileira Veja, no último ano, sobre Che Guevara e Fidel Castro.
Iossif (Josef) Vissarionovitch Djougachivili, nascido na Jeórjia (então provínsia do Império Ruso) em 21 de dezembro de 1879, era rapazote ainda kuando estreou a série de traisões ke akabariam-no konduzindo ao komando da futura União Soviétika e da lideransa de partidos e governos komunistas mundo a fora até o meio do sékulo XX. O seminarista (koinsidênsia, não?) Zezinho do Aso, lá pelos seus vinte anos, em 1899, andava um tanto entediado, apezar de ter se filiado a um sírkulo revolusionário sosial-demokrata (nome por atendia, na époka, o marxismo em jeral nos países não-latinos – só kom a revolusão de 1917 os sosialistas marxistas da ala eskerda pasarão a se auto-denominar komunistas). E, kansado de dar o ku (não konsta da matéria, mas ele estudava em um seminário, né…), rezolveu fazer koiza mais rentoza: eskondeu os panfletos subversivos ke resebia no partido entre os objetos pesoais de seus kompanheiros internos e depois dedurou todo mundo komo komunista komedor de kriansinhas pro reitor do seminário. O rezultado foi a espulsão de 45 pobres estudantes (já ke eskola relijiosa era uma rara posibilidade de aprendizado para os mizeráveis proletários rusos).
Daí por diante, até sua prizão na Sibéria em 1913, ensetará a mais fantástika eskalada de sinismo e disimulasão, ke kulminará numa das mais fulminantes karreiras polítikas da istória. Em 1901 vamos enkontrá-lo trabalhando komo kontador no observatório da kapital de sua provínsia natal, Tífilis, e imprimindo e distribuindo tresloukadamente seus panfletos rebeldes, em sosiedade kom um bandido armênio xamado “Kamo”, kom o kual montara uma tipografia klandestina. Já então seus dirijentes sosial-demokratas konstatam sua vokasão de futuro “Kabo Anselmo” da Rúsia: os panfletos dão mais pau nas lideransas do partido operário ke nas autoridades do kzarismo imperial opresor. E Koba, apelido ke adotara e ke bem poderia ser “Kobra”, ajuda a konvokar e organizar uma manifestasão de 1.º de maio arkitetada pelo DOPS ruso, kuja pauleira dezenfreada rezulta na prizão do enviado lokal de Lênin, Victor Kournatovski. A reperkusão foi tamanha ke o Ministro do Interior (ao kual era subordinada a Okhrana) determinou investigasões sobre as orijens da manifestasão e o xefe lokal da polísia sekreta não teve outra saída, para disfasar, ke não fose akusar o Zezinho do Aso. Ke espertamente foi se eskonder na sua sidade natal, Gori, no interior da provínsia. Mas, komo kara de pau konvensido ke era, voltou à Tífilis uns sinko mezes depois e tentou se elejer komo líder dos poukos revolusionários ke aviam eskapado ao masakre. Os sosial-demokratas de lá não eram, entretanto, tão imbesis kuanto Lênin, e o mandaram pastar, espulsando-o do partido, em 11 de novembro de 1901, por unanimidade votos!
Três anos depois, entre prinsípio de 1904 e meados de 1905, Koba e seu amigo Kamo se dedikam à nobre arte do asalto nos arrabaldes tifilienses, além de se distraírem nas reuniões da faksão bolxevike do Partido Sosial-Demokrata lokal, ke não konhesia o epizódio do Zezinho do Aso entre os menxevikes. E não é por akazo ke o xefe jeorjiano dos bolxevikes, Stepan Chaoumian, ouve dos polisiais, kuando de sua prizão em 1905, estatelado, o seu endereso sekreto, ke só era konhesido de um inosente kamarada: o noso amigo Ko(br)a!
Mas o mais sensasional veio a segir: nakele ano, na Finlândia, o Zezinho, ke agora uzava o nome falso de Ivanovitch, konhese a besta Valdimir Ilitch Ulianov (Lênin), ke, impresionado kom sua perísia profisional, o dezigna komo “espropriador ofisial’ do Partido Bolxevike e ainda o leva konsigo em uma viajem sekreta a Berlim, kapital do Império Alemão. Não é presizo mensionar ke a Okhrana fika sabendo de kada paso dado por Lênin, através de um relatório asinado kazualmente por um tal de de “Ivanov”. O Zezinho, então, estava no auje de sua karreira de dedo-duro e komparese ao Kongreso Social-Demokrata de Estokolmo em 1906 e de Londres em 1907, ambos minusiozamente relatados ao Doi-Codi ruso, kom o kodinome sekreto de Ivanov. Entre uma e outra okazião é prezo por seus kolegas da Okhrana, em abril de 1906, kuando tratava de rekrutar espropriadores bolxevikes ausiliares, mas logo é solto, após revelar o endereso da tipografia menxevike klandestina de Avlabar, ke é empastelada pelos kosakos e pela polísia em 15 de abril de 1906.
Em 1908, porém, o seu xefe maior, o Ministro do Interior, rezolve tirá-lo de sirkulasão , determinando sua prizão, por dekreto espesial, em Vologda. Nove meses depois, a própria Okhrana trata de ausiliar a sua fuga a fim de infiltrá-lo entre os nasionalistas e sindikalistas revolusionários armênios de Baku, dando-lhe um pasaporte kom o nome Totomiantz, “armênio de Tífilis”. Lá o noso “erói”, porém, komesaria a se dar mal. Primeiro por ke tem o azar de dar pela frente kom seu es-xefe bolxevike de Tífilis, Chaoumian, ke traíra deskaradamente, e segundo porke seu ímpeto arrogante e direitozo o leva a ser akuzado abertamente de “ajente provokador” pelo prezidente do sindikato dos tipógrafos. Chaoumian konfirma as suspeitas e o Zezinho está pra ser julgado pelo komitê do partido sosial-demokrata de Baku em fins de marso de 1910, kuando a polísia invade a reunião e prende todo mundo. Sem mais nenhuma serventia, o futuro Stalin é enviado pela Okhrana de volta a Vologda para terminar de kumprir sua pena, o ke se dá em 1911.
Nakele ano, no Kongreso Pan-Ruso de Praga (kapital da Boêmia, então provínsia do Império Austro-Úngaro, e oje Repúblika Txeka), em junho, o Zé do Aso pensou ke estava por sima da karne seka e akabou kometendo sua kagada fatal komo ajente sekreto do poder imperial. Tinha sido eskolhido pelo asno Lênin komo ajente do komitê sentral , mas não gostou muito, porke outro kolega seu do DOPS ruso (o infiltrado Roman Malinovski, keridinho do Ulianov, ke, pelo visto, ou era kompletamente imbesil ou gostava de tranzar kom os ajentes kzaristas) foi nomeado pelo xefe Vladimir para membro do dito komitê. Kom a vaidade ferida, e vingativo ke era, o Ivanov/Zé do Aso tratou de dedar o Malinovski, deskrevendo-o, em karta ao Vise-Ministro do Interior do Império, Zolotarev, komo algém ke “de fato era um partidário de Lênin e trabalhava mais asiduamente pela kauza bolxevike ke pela polísia”. O Vise-ministro, nada trouxa, mandou-o kurtir uma grade na Sibéria, na prizão de Tourokhansk, nas prosimidades do sírkulo polar ártiko, para onde o velho Ko(br)a, ke agora uzava o kodinome de Vasili, foi enviado em 23 de fevereiro de 1913, e donde somente sairia às vésperas da glorioza revolusão de outubro de 1917.
Desde então, ao ke parese, o Zezinho se kansou de seus afazeres komo espião do Kzar e resolveu uzar suas abilidades de intrigueiro e puxa-sako no próprio Partido Komunista, onde, apezar de konstar seu kodinome Vasili komo um dos doze prinsipais ajentes da Okhrana infiltrados, em lista publikada logo após a revolusão bolxevike, lambeu tanto as bolas de Lênin ke susedeu-o, após sua morte em 1924, no komando da União Soviétika, kuando adotou seu kodinome defintivo: Stalin (omem de aso).
Instalado no poder ditatorial e supremo, o es-seminarista, e agora metalúrjiko onorário (não era o omem de aso, afinal?) podia realizar a grande obra pela kual sempre lutara. Após ezilar e/ou eliminar fizikamente seus adversários (komo o es-jornalista e komandante do Ezérsito Vermelho, o revolusionário Leon Trotsky) e todos os revolusionários komunistas lejítimos, ke kontrariaram sua tirania dezumana, após matar milhões de kamponezes ke se negaram à koletivizasão forsada, pariria a mais abjeta das kriasões umanas: a transformasão do komunismo marxista em fasismo vermelho e a redusão das masas de trabalhadores a gado asustado, sob um poder diskrisionário ke não lhes regrava a vida sósio-ekonômika apenas, mas lhes vijiava kada paso e kada pensamento em kada eskina.
Em 1939 Stalin konsagraria o seu proverbial sinismo, fexando um pakto kom seu arki-rival, e kompanheiro de peste emosional, o ditador fasista Adolfo (Htiler), kom kem invadiria e repartiria a Polônia, dando inísio à Segunda Guerra Mundial. Seis anos depois, atakadas pelo es-aliado, as tropas rusas tomariam Berlim, estingindo a tirania nazista. Pelo kaminho, entre Moskou e a kapital alemã, uma dúzia de nasões konkistadas pelas armas e submetidas à kondisão de kolônia do imperialismo soviétiko.
Kontam as más línguas ke, kuando Stalin morreu, em 1953, vieram à tona os arkivos ke komprovavam sua longa karreira de espião do rejime kzarista. Mas seu susesor, Nikita Krushev, teria ergido as mãos para o alto e bradado: “É impossível! Iso signifikaria ke noso país foi dirijido durante 30 anos por um ajente da polísia sekreta do kzar!”
No Brazil de oje, kazualmente, o governo mais anti-trabalhador e anti-nasionalista já visto, é dirijido, desde 2003, já kom 2 mandatos e aspirando ditatorialmente a um terseiro, por um es-metalúrjiko sindikalista, treinado na eskola da CIA (Sentral de Intelijênsia) norte-amerikana, ke era prezo e solto todo dia, durante a faze de kriasão de seu partido (o PT), pelos jenerais gorilas, para kriar as kondisões de, finjindo-se vermelho, kumprir o papel de suseder os erdeiros da antiga ditadura militar fasista de 1964. E impedir ke revolusionários nasionalistas e sosialistas autêntikos komo Leonel Brizola e Luiz Carlos Prestes xegasem ao poder e derrubasem a elite infekunda ke nos submete, a nós povo brazileiro, à triste e vil kondisão de gado umano, a mourejar na mizéria e na opresão kuotidiana, para propisiar o luxo vadio e fútil de burgezes amerikanos, europeus, japonezes e outros tantos senhores do imperialismo ekonômiko multinasional. Ver a respeito a krônika Lula, o Eruditchio, neste blog.
Ubirajara Passos
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