Poema escrito em pleno Parcão de Gravataí, no intervalo do almoço, envolto no mar de calor destes últimos dias de dezembro:
Os Ciclos Secos
O que há para aprender-se nas agruras
Do quotidiano seco e automático
(O espírito nublado, qual zumbi,
Se arrastando nas ondas enjoadas
E sonolentas do correr das horas)?
Qual a ciência, a luz nascida
Do ir e vir infindo dos motores,
Do ciscar incessante dos ancinhos,
Do palavreado pedante e oco dos doutores?
Gravataí, 18 de dezembro
Ubirajara Passos